segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Da Bonança e da Tempestade

Dizem que depois da tempestade vem a bonança. Já aqui disse que acredito que a tormenta é o que possibilita a bonança, limpando tudo na enxurrada. São uma só, um só processo, um todo, apenas pontos na mesma recta. Talvez pontos no mesmo círculo (?)

Assim sendo, entre um e outro, há um período, um breve limiar, onde a própria borrasca adquire contornos de beleza, pois é perspectivada de alma lavada e renovada. Nos ventos furiosos, se atentamente escutados, descobrimos murmúrios de esperança em vez de apenas rugidos ameaçadores e descortinamos música no gotejar incessante dos dilúvios.
Esta é a fase, o ponto na linha, que dita o verdadeiro fim dos tempos tumultuosos e o real início de um novo ciclo. E tem a sua própria beleza. No meio da cacofonia ensurdecedora, conseguimos encontrar beleza, se a mantivermos dentro de nós. Enquanto são (e não apenas depois) destruídas as frágeis concepções e ilusões do Ego, arrasadas as hipocrisias, revelados os inimigos e desvendadas as mentiras, num incrível frenesim que se deflagra como pólvora, observamos as poucas estruturas sólidas dentro e fora de nós mesmos. Submersos no caos, identificam-se os materiais da reconstrução que se avizinha, tão distintos quanto a rota que nós próprios definirmos para o futuro.


É o período eufórico de louca alegria por cada pequena vitória, inebriados pela esperança, entusiasmados por nós próprios. Cada segundo conta, cada passo é importante, cada erro traz-nos sabedoria, cada nova pessoa traz alento, cada carinho encerra uma onda de ternura. A amizade renasce nos desafios, a camaradagem reforça-se e o sexo adquire uma faceta intensa e devoradora, vivido como momentos fugazes de felicidade entre uma enxurrada e um ciclone, e com idêntica fúria.

Fui para os bosques para viver livremente,
para sugar o tutano da vida,
para aniquilar tudo o que não era vida,
e para, quando morrer, não descobrir que não vivi.

Thoreau


E é aí, em pleno turbilhão, que nos redefinimos, que nos reinventamos, porque ganhamos a liberdade de escolher qualquer direcção. Sem amarras nem prisões, apenas nós e o que escolhermos, quem escolhermos, é exactamente durante as tempestades da vida que ganhamos a experiência, adquirimos saber, verificamos o que é sólido dentro de nós, e contemplamos o horizonte desobstruído a toda a nossa volta. Se não encolhidos pelos medos, obtemos a liberdade para correr em qualquer direcção, desprovidos de inibições. Algo que centenas de livros brilhantemente escritos nunca poderão transmitir completamente, que milhares de histórias observadas não poderão ensinar. Há coisas que não se aprendem, apreendem-se quando as vivemos. Não há outra maneira, não há atalhos, não há caminhos seguros! E ainda bem que não os há...

(?)

67 comentários:

tavguinu disse...

fuodasssssssssssssssse...

saís-te do armário !

o grito do ipiranga !

PARABÉNS !

Anónimo disse...

Há conhecimentos que só a vida nos proporciona e, muitas vezes só na dor é que nos conseguimos encontrar...o que não quer dizer que a nossa busca não seja em direcção à felicidade
Carla

Fernando disse...

Grande texto e grandes pensamentos. A parte da citação de Thoreau, que é-nos tão familiar devido ao aclamado "Dead Poets Society", encaixa na perfeição, e estabelece uma simbiose cúmplice com a tua escrita.

Às vezes, a liberdade chega-nos com um simples fechar de olhos e um passeio sem destino. Caminhamos de olhos fechados sem lei, nem regra, e deixamos o vento embalar a mente silenciosa que nada espera...à excepção de esboçar um sorriso e sentir. Estou vivo.

Parabéns HTSousa.

No meu circulo de amigos, costumamos dizer:"Granda derrame!"

Um abraço!

Anónimo disse...

feliz natal lindo, é o que te desejo do fundo do coraçao!
beijocas!

Eme disse...

É esta escrita que me deixa em suspenso. Transita-se do pensamento caótico anterior para algo que sabe a sonho e serenidade. Pergunto-me tantas vezes para onde foge ela ou se consiste em alguma coisa mas descreves-me aqui na quase na perfeição algo que tantas vezes se escapa quando mais desejosa estou de a prender.
Porque está simplesmente escrito que é assim que se gravam as coisas em nós antes da próxima “saída”, afinal a vida é mais qualquer outra coisa para além do que se julgava. De modo que desde que tenhamos correntes libertas de nós próprios até podemos ouvir um concerto musical nas árvores. Ninguém escapa. Simplesmente há os que se guardam e os outros, que falam. Com os olhos postos num pensar deste valor, alcança-se imenso. É como um pacto consigo próprio embora oscilando entre dois pólos conseguindo equilibrá-los. Ao fim e ao cabo o ser humano é tão volúvel como as estações. E na tempestade do tempo há sempre o porto seguro e o porto da memória. Este último não deixa esquecer o passado mas permite-nos reforçar os pontos fracos, pelo simples aprender.

Fera amansada..

E por último..

?

Esse ponto fica sempre e dá continuidade à História.

Amei sentir. Beijo imenso

Ana disse...

Amei, adorei este texto! E como o entendo...

Quando chega a bonança a alma renova-se, e é nesse momento que percebemos o peso de cada lágrima chorada.
Não esquecemos a dor que um dia sentimos, mas passamos a viver muito mais cada sorriso que esboçamos hoje.

Beijinhos

Silvia Madureira disse...

Amigo:

Na vida temos que fazer escolhas e dizer:"esta é a certa!"...é impossível. Mas...uma coisa podemos fazer: "pensar" e "reflectir" antes de uma escolha...

Isto não quer dizer que os meus pensamentos me vão levar ao caminho certo mas...é um passo que faz falta pois ouve-se muita gente dizer..."se fosse hoje não faria isto" o que significa um arrependimento, algo que foi uma não aprendizagem ...algo que antes de ser executado não foi reflectido.

Penso que não se perde nada...quando pensamos um pouco, antes de nos atirarmos de cabeça.

E se os nossos pensamentos nesses momentos cruciais forem baseados naquilo que observamos, nas nossas vivências...poderá surtir um maior efeito.

um beijo

Anónimo disse...

Nem sempre a bonança se segue à tempestada. Isso requer que reconheçamos a tempestade e o que dela possamos retirar. Bem como que tenhamos vontade de abrir portas à bonança, mesmo depois da chuva e da tempestade terem passado. E nem sempre isso acontece. Mas, como dizes, há que estar preparado para apreender. E sobretudo, não ter medo de o fazer. Um coração aberto é sempre mais fácil de atingir, mas é também, mais rápido para curar...

S* disse...

Excelente. Para mim, estando a chegar o fim de 2007 e fazendo um inevitável balanço, preparo o corpo e a alma para a bonança que 2008 trará. Os últimos tempos tenho ido até ao fundo, onde posso reflectir e aprender, venham os próximos caminhos ;)

Que venha a renovação e a bonança :)

**

Marta disse...

Muito lindo amigo!
É no pleno turbilhão que largamos as defesas e escolhemos de acordo com quem verdadeiramente somos!

beijo

ruth ministro disse...

Nem mais. Muito bem estruturado. Mais uma vez fica claro que és um homem sensível e inteligente. Gostei de ler.

Será que a inspiração para este post surgiu de uma troca de ideias numa certa nuvem?... :)

Beijo

Sally disse...

Voltas-te e com um bonito texto. Like always ;)

Cati disse...

Uau... aqui está um belo texto... Adorei lê-lo porque transpira sensibilidade e, mais importante, verdade. Podia bem ser o balanço de um ano que termina, ou até quem sabe de uma vida...

Ainda bem que depois de uma tampestade vem a bonança. Ainda bem que conseguimos reinventar-nos e ultrapassar as rugosidades da estrada da vida... Por isso somos humanos.

Um enorme beijinho louco!

PS - Vai espreitar o texto que escrevi... gostava de saber a tua opinião de bom escritor! ;)

African Queen disse...

Naquelas alturas em parece que tudo está a desmoronar à nossa volta (felizmente :) tenho tido algumas) e fico f***** com a vida costumo dizer aos meus amigos "Raios, já sei que vou aprender de carago, que vou crescer e tornar-me numa pessoa melhor, mas esta merda podia vir toda nos livros, não era preciso tar sempre a rachar a cabeça!" E, meu caro, é óbvio que isso só faz sentido no calor do momento, porque quem tem razão és mesmo tu :). A estrada é longa e dura mas devemos tudo o que somos às pedras do nosso caminho... saibamos aproveitá-las (como diria o grande poeta) para construir castelos lindos. Muito bom o teu texto, gostei muito.
Beijinhos

yensung disse...

"Verificamos o que é sólido dentro de nós"... Pois é, parece que as circusntâncias me obrigaram a ter de fazer isso Já! Grande presente de Natal, sim senhor...

Beijinho e não trabalhes demais! :)

Anónimo disse...

Gostei deste texto, muito, da paz que surge do caos.
Não será a nossa vida uma sinusóide? É cíclica, mas avança...

"Há coisas que não se aprendem, apreendem-se quando as vivemos. Não há outra maneira, não há atalhos, não há caminhos seguros! E ainda bem que não os há..." - É isto mesmo, e é por isto, que recordo com carinho as minhas quedas, foram elas que fizeram de mim quem sou. A bagagem que trago, segue comigo, sem ela não sou ninguém.

Parabéns pelo texto!

Beijo.

tavguinu disse...

tens no comes uma prenda de Natal !

S. disse...

Epá... que sensibilidade! Que maturidade! Uma escrita fluída "as usual"! Cada vez gosto mais de te ler.

Anónimo disse...

"as tempestades da vida"... confesso que ando um pouco cansada de mares revoltos, apetecia-me umas águas calmas... um silêncio envolto em azul e aquela paz! ai aquela paz!...

Ana disse...

Xinamen...o moço escreve...e ó se escreve, páh! Gostei. Muito. Tive de voltar para ler com mais calma, pois não é um texto que se leia a correr e é um texto que dá muito que pensar...gostei muito. =)

Anónimo disse...

"I can see clearly now, the rain has gone
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It`s gonna be a bright, bright sunshiny day
It`s gonna be a bright, bright sunshiny day
I think I can make it now, the pain has gone
All of the bad feelings have disappeared
Here ist the rainbow I`ve been praying for
It`s gonna be a bright, bright sunshiny day
It`s gonna be a bright, bright sunshiny day
Look all around, there`s nothing but blue sky
Look straight ahead, nothing but blue sky"

(I can see clearly now, Johnny Nash)

Beijinhos

S* disse...

Passando para desejar FELIZ NATAL e um Próspero Ano Novo :)

**

Hélder disse...

tavguinu,

Lol! Não foi de agora, mas agradeço na mesma!

Abraço.

Hélder disse...

Carla,

"Em direcção à felicidade", e não a obtenção da mesma. Na subtil diferença reside uma grande diferença de atitude, que pode pautar o derrotismo ou a esperança...

Hélder disse...

hyoma,

Quando dei por mim, estava a iniciar o parágrafo seguinte e a pensar na citação.

Um pensamento, será que a liberdade nasce de um passeio sem destino, ou somos nós que a criamos quando tomamos esse passeio?!

Foi mesmo um derrame, comecei e acabei num fõlego.

Um abraço!

Marisa disse...

"Há coisas que não se aprendem, apreendem-se quando as vivemos."
É bem verdade! Podemos sempre dizer que compreendemos, que sabemos como é, mas só passando pelas coisas é que compreendemos de verdade. E só assim ganhamos forças, que nem sabiamos que tinhamos, para enfrentar a tempestade.

Hélder disse...

catworld,

Obrigado. Desejo-te exactamente o mesmo, com Gatos!

Beijos.

Hélder disse...

m.,

Brilhantemente descrito. Mas continua a ficar em questão o ponto de interrogação. É o mesmo do início... ao qual eu não me atrevo a responder.

São pontos da mesma rectao, ou do mesmo círculo?

Hélder disse...

ana,

E redefinimos a nossa vida... às vezes coisas tão simples como uma revisão à lista de contactos! ;)

Beijinhos

Hélder disse...

silvia madureira,

Já conheces a resposta, mas vou transcrever para aqui:

O único problema deste tipo de raciocínio, é bloquear-te a experiência. Uma das coisas que eu aprendi foi que a vida nos engana bastante. Situações que eu julguei reconhecer, erros que pensei não cometer, experiências que jurei nunca ter… a vida tem caminhos subtis para nos levar para lá.

Conheço pessoas que julgam saber muito, porque leram, porque ouviram contar, porque viram na televisão, leram na net e, portanto, estavam seguros do que diziam, das suas opiniões, autênticos experts. E vi muitos caírem nos erros que sempre criticaram, porque uma coisa é saber, outra é fazer. Todo o teu corpo está presente quando fazes algo, não trabalhas apenas com a mente, mas com todos os sentidos, com o teu lado emocional, tudo junto. Portanto, entram em jogo factores que a mente não tem capacidade para considerar…

Devemos sempre tentar aprender com os erros dos outros, mas haverá sempre coisas que teremos de fazer. Como exercícios de matemática, se eu vir métodos errados de resolução, sei por onde não devo ir. Mas, começando a ver tantas maneiras erradas, em tantas aproximações diferentes, corro o risco de não tentar a sua resolução… e tu sabes melhor que eu que podemos começar da pior maneira e desembocar na sua resolução. Quantos problemas já não foram resolvidos por tentativas más.

Concordo contigo em absoluto, mas tenho muito medo da consequência que isso muitas vezes acarreta, que é a inacção! Já temos demasiada gente parada neste país, com medo de fazer seja o que for.

um beijo!

Hélder disse...

maria bloch,

Cada comentário teu é um post! Neste caso, depende do que chamamos de tempestade. Não me refiro apenas ao abalo inicial, mas a todo o período até chegar a bonança. Penso que, como também o disseste, enquanto não formos capazes de, em plena tempestade, criarmos as nossas próprias fundações, nos alicerces que escolhermos, andaremos sempre à deriva na tempestade. Só nós podemos sair dela.

Mas tens razão. Há quem nunca saia de lá!

Hélder disse...

l.c.,

Pelo que tenho ouvido (e lido) por aí, parece-me que 2007 foi uma tempestade para quase todos. Chega a hora de sairmos de lá, coisa que também já se começa a sentir em muitos. Mas há outros que lá perduram ainda...

Beijos

Hélder disse...

marta mascarada,

No teu caso, são precisos uns 3 turbilhões para te arrancar essa máscara... porque tu não a largas por mais de uns minutos! :P

Beijo

Hélder disse...

nuvem,

Muitíssimo obrigado, especialmente vindo de alguém cuja escrita parece vinda da minha cabeça, mas aprimorada.

Não sei dizer de onde veio esta inspiração, foi escrita de rajada nas costas de um envelope, para não se perder, como acontece a tantas outras. :)

Beijo

Hélder disse...

tita,

Occupational hazard! Nesta altura do ano, o tempo é sempre um bem escasso!

Obrigado!

Hélder disse...

cati,

Visto que concordas com a ideia, deixo-te o ponto de interrogação. ;)

Já fui!

Beijinho louco (whatever it may be)

Hélder disse...

african queen,

Muito bem dito. Apesar do que aqui escrevo, isto é uma constatação à posteriori! Porque, quando levamos as cacetadas da vida, andamos sempre à nora durante um tempo! :D

Beijinhos

Hélder disse...

yensung,

Um grande beijinho e um forte abraço para ti! Tu não precisas de palavras, já as conheces de cor. Agora, é só aplicares o que sabes, e lembrares-te que não tens de ser/fazer tudo sozinha! :P

Beijinhos, mas é tarde demais, já ando a trabalhar em demasia ;)

Hélder disse...

marta contadora,

E eis que alguém pega no ponto em aberto!! Ora aí está uma perspectiva interessantíssima, embora a tenhas transportado para um sentido mais lato.

No que diz respeito à nossa vida, creio que o máximos que podemos ambicionar é fazer dela uma sinusóide, com o máximo de avanço possível. O pior que pode acontecer é não sairmos de um perfeito círculo.

"O inferno é a repetição perpétua do erro."

Beijo!

Hélder disse...

Já fui! Obrigado, mas farto de fritas ando eu! ;)

Hélder disse...

sofia,

Epá... Obrigado!!
(e tu estás cada vez mais criativa!)

Hélder disse...

black cat,

Diz que cabe a ti criar a paz durante a tempestade, sob pena de lá continuares se o não fizeres... mas eu não ligaria muito a cenas de blogs ;)

Hélder disse...

vanadis,

Volta sempre que quiseres, a máquina do café é que está avariada.

Obrigado!

Hélder disse...

alfacinha,

LOOOOL!! Right on the money!

Beijinhos

Unknown disse...

Sr cujas teorias blogueiras dizem que está a precisar de amor, desejo-lhe um Feliz e Santo Natal cheio de coisinhas boas! (E já agora, para não ser diferente, desejo que o Pai Natal te traga O AMOR!) ;)

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana disse...

Vim deixar-te um beijinho e desejar-te um Feliz Natal!

Bjinhos

Anónimo disse...

Meu Caro HT:
os mares revoltos são na minha vida pessoal :-) quanto ao resto, mostro as unhas e desprezo! eu sou Gata, o mau feitio é inato nos felinos! :-)
MERI CRISTEMAZ! :-)

V. disse...

Olá HT, ainda não li esta entrada. Vim deixar-te uma nomeação de "prémio". Este é um blogue de Elite.

Espero que o teu Natal tenha sido bom e que tenas feito boas viagens. Beijinhos

Anónimo disse...

Espero que o Natal tenha sido bom, e para não chegar atrasada outra vez, deixo-te já os votos de um 2008 muito bom!

Beijo.

Anónimo disse...

A percepção de que a nossa vida esta em constante mudança amedronta o mais corajoso ser humano. A apreensão que fazemos dela só é realmente compreendida quando sentida na pele. Pode ser dolorosa mas o mau tempo não dura para sempre,e amanha é sempre um novo dia.
Gostei!!!

Cati disse...

Um feliz 2008 para o meu Colibri favorito!

Daniela Sousa Photography disse...

Ai ai... essas palavras...
este rapaz tem futuro, tem sim!!

V. disse...

Sem tempestade não saberíamos dar o devido valor à bonança, e sem bonança não teríamos a calma para reflectir e aprender sobre a tempestade, sobre o que a motivou e sobre os seus efeitos em nós.
Por outro lado são momentos de tempestade que nos motivam para avançar e momentos de bonança que nos deixam acalmar para nos preparar-mos para a próxima tempestade.

Para mim, mais que «uma só, um só processo, um todo, apenas pontos na mesma recta. Talvez pontos no mesmo círculo (?)» são o complemento uma da outra, porque uma, sem a outra, não faria de todo sentido.

Beijo

Anónimo disse...

Huuuum!!
A tempestade...
Para muitos, é o dia-a-dia, a razão de existir, o mal-estar procurado em todos os acontecimentos e em todas as atitudes dos outros.
E porquê? Porque buscam as mentes "fritas" a tempestade?
Óbvio, porque é seguida da BONANÇA!!! Pois é, não sabias!?
A famosa generalização mundana que nos leva a aguentar tormentos inacreditáveis, apenas aceitáveis pela ilusão de que nos vão permitir "saborear" mais intensamente os momentos bons que se vão seguir...

Ainda bem que colocaste as coisas de outra forma: viver livremente e saborear o bom e o mau conforme nos é apresentado, buscando apenas a amior felicidade que reside no livre arbítrio (repara que não escrevi árbitro, embora a tentação fosse grande).

Bem, como despedida, uma provocação de Reveillon:
Se a tempestade da vida te causa feridas, deves sarar tudo com umas "gazees"!!!!

Abraço,
TV

Elvira Carvalho disse...

Espero que tenha tido um óptimo Natal, e que 2008 seja o ano da sua realização pessoal e da concretização dos seus desejos.
Um abraço

S. disse...

Hello... Espero que o Natal tenha corrido bem e que 2008 te traga tudo por quanto anseias!

Beijocas desta amiga blogosférica!!!
(",)

Hélder disse...

blackstar,

Tinhas a oportunidade de primar pela originalidade... mas decidiste não o fazer! Ts, ts, ts...

Hélder disse...

black cat,

Eu sei que o fazes... mas será esse o melhor caminho para a paz que dizes querer? Ou será esse um motivo pela qual ainda não a tens? O constante desafio e exigência de nós próprios elimina essa sensação de paz...
Por outro lado, será mesmo paz que ambicionas, ou pausas temporárias? ;)

Beijinhos.

Hélder disse...

Lady MIM,

OBRIGADO!

Beijinhos.

Hélder disse...

ariel femea,

Acrescento apenas que somos nós que determinamos (influenciamos, vá) a duração de um e outro período.

Sê bem vinda ao meu canto, embora não te esperasse por cá.

Boas festas!

Hélder disse...

Cati,

Diz a verdade, sou o único que conheces. :P

Um excelente 2008 para ti e para a tua família!

Hélder disse...

daniela,

Mas que futuro?! Sabes alguma coisa?! Conta!! :)

Obrigado!

Hélder disse...

Lady MIM,

A questão é mesmo essa, e foi por isso que lancei o ponto de interrogação. Estabeleci uma possível relação causal entre a tempestade e a bonança. Será que o inverso também se aplica, isto é, será que a tempos de bonança provocam tempestades?
Creio que sim, mas não quis desenvolver o assunto neste post.

Beijo

Hélder disse...

trina vela,

Caríssimo Amigo, sempre te disse que devias escrever, e mantenho-o.

A ilusão de que falas não invalida o postulado. Porque continua a caber a cada um, ainda em plena tempestade, criar as bases da sua bonança! O livre arbítrio de que falaste, que é o responsável por tempestades que duram uma vida inteira, ou fantásticas bonanças!

Contudo, tu não vieste cá debater, mas sim ser cabrão! ;)

Grande Abraço!

Azul disse...

Liiiindo.

Mas aquele " ? " no final???...
Dúvidas, para quê?...

Hélder disse...

Azul,

Aquele "?" é o mesmo do início!

Beijinhos