segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

O Amor é para sempre (IV)

Amar não é possuir, é querer bem. Não é uma dor, o que dói é não se ter o que se quer. Não é um peso, porque a capacidade de Amar é ilimitada. Mas é preciso sentir, não pode ser raciocinado ou aprendido. Quando toda a lógica falha, quando os argumentos não chegam, não se adequam, não explicam, não confortam, quando aquilo que pensava não coincide com o que sente, quando a sua própria reacção não faz qualquer sentido, ele abandona-se aos sentimentos. Dentro de si, imergido na sua alma, conclui que Ama, que quer bem, e que esse sentimento se sobrepõe ao resto. É mais forte que o desejo de posse, que o orgulho, que a dor, que a raiva!

Apercebe-se também que a capacidade de Amar é inesgotável e ilimitada e que Amar é deixar livre. E ele próprio se descarrega, se desobriga também. A dor está no egoísmo, a raiva está no medo, a mágoa está no orgulho.

Assim conquista a sua carta de alforria de si próprio para querer, desejar, gostar, ansiar, sufocar, almejar, cobiçar, pretender, suspirar, ambicionar e Amar livremente, sem impedimentos da alma.

Quando finalmente se libertou, não na vida, mas dentro de si, sentiu-se leve. Inebriado pelo doce aroma da liberdade e contagiado pela vitória sobre si próprio, deixou-se seduzir pela vida e saboreou os momentos. Deixou-se viver tudo o que lhe aparece, com a plena consciência de não mais ser um estropiado, mas alguém novo, renovado!

Não traz no peito uma dor, não arrasta uma âncora. Tem apenas uma cicatriz, recordação eterna de uma ferida que sarou…

73 comentários:

Anónimo disse...

Acho que o teu texto terminou, e acho que o fez de uma forma bem real.
Está quase a fazer um ano, que eu o poderia ter dito, se o tivesse sabido dizer.
Conquistei a minha carta de alforria, de mim própria, depois de 10 anos... e o Amor é para sempre, a memória é para sempre, mas a cicatriz tal como dizes finalmente sarou!
Parabéns, gostei muito mesmo.
Espero que se de alguma forma, falares um pouco de ti, te mantenhas livre!

Beijo.

Hélder disse...

Marta,

Há mais do que uma maneira de encararmos as coisas. Por vezes, a maneira habitual, ou mais fácil, não dá para todos, não se coaduna com as suas convicções, com o que sente. E cada tem de encontrar as suas próprias soluções.
Eu prefiro crer que o Amor é para sempre, que existe, que não é apenas um ideal romântico, como o faz crer o cinismo actual, que tanto está na moda.
Pelo menos para já, está de acordo comigo. Espero nunca mudar de opinião!

Beijos

PS - Não confundir nunca Amor com pieguice!

Maga Patalógika disse...

E que alívio é quando deixamos de arrastar essa âncora que nos magoa, que nos puxa para baixo. Mas às vezes acho que temos de sentir esse peso pelo menos uma vez, para podermos crescer e finalmente nos libertarmos de falsos pressupostos e simplesmente... Amar. Apenas amar, sem ideais românticos e sem lamechice. ;)

Há quem tenha a sorte de nunca ter carregado a âncora de que falas mas, quanto a mim, eu precisava de a ter carregado... e tenho muito orgulho da minha cicatriz, da qual nunca me vou esquecer. Porque nela está a memória de algo que doeu, mas que me fez a pessoa que sou hoje (acho que melhor). E nunca a apagaria, mesmo que isso me fosse oferecido ;)

P.S. Tão lindo o texto (sou muito repetitiva, sorry)

Hélder disse...

maga patalógika,

Há coisas que têm de ser vividas porque nunca poderão ser simplesmente explicadas. Feridas todos têm, mas alguns deixam-nas abertas a vida inteira.

É também por isso que se deve ter orgulho numa cicatriz!

Obrigado!

Beijinhos.

S. disse...

Depois de ler o teu texto (mais uma vez Excelente texto!) e de ler os comentários tecidos e as respostas dadas, francamente o que me ocorre dizer é um ditado popular que pessoalmente considero um bom apanhado do que é o amor: "O Amor tem razões que a própria razão desconhece".

Eme disse...

Depois de ler, reler, e ainda fui dar uma vista aos Takes I, II e III, chego à conclusão que te tornaste realmente expert no amor. Quando colocado em prática numa próxima oportunidade, não te esqueças de tudo o que aqui escreveste. :)

Só é grande aquele que converte o rugir do vento num canto que o seu próprio amor tornou mais suave.

Beijos Colibri

Dani disse...

Já li o IV, o III, o II e o I. E gostei do que li...

Amor é entrega. É. Sem esperar nada. Pelo simples prazer de dar prazer das mais variadas formas e maneiras...

E tem de ser livre. Tem de haver liberdade nas identidades que se amam... Acredito que um mais um continuam a ser dois, mas juntos.

É cumplicidade. Falar por olhares e partilhar silêncios em paz.

É tanta coisa que é impossível colocar tudo em palavras, não é?

Pode-se tudo, no amor, menos racionalizar...

Eu sei que é assim... Mas...

yensung disse...

"...não arrasta uma âncora. Tem apenas uma cicatriz, recordação eterna de uma ferida que sarou…" Não o conseguiria expressar melhor meu caro! E que bom olhar essa cicatriz e ao invés de ver algo que nos desfeia, lembrar que na sua origem vivemos momentos únicos e sublimes!

E agora que falaste nisso... que vontade de Amar outra vez! :)

Parabéns pelo desenrolar sereno e muito bem conseguido!

Um beijinho

Sally disse...

Bonito como sempre :)

Ana disse...

Mas como é difícil dar de caras com esse Amor com A grande...

Marta disse...

Quando eu acho que a ferida sarou é precisamente nas alturas em que descubro que afinal ainda tenho o peito em sangue!

Cereja disse...

Profundo e doloroso. Como o Amor.

Daniela Sousa Photography disse...

Este senhor dá-lhe forte...
gostei sim...
;)

Sally disse...

Já fui ao Porto, mas praticamente de passagem, n conheço mta coisa.. mas n me importava nada de experimentar esse chocolate quente. Gostava de voltar!

Pois em Lisboa, só se for na Häagen-Dazs!

Fernando disse...

HTSousa
Excelente.Não me ocorre outra palavra.
Esse teu "Amar" é de alguém que passou por muito, e que viu que o sofrimento pode ser transformado em grande artes....A de escrever...a de viver...e sobretudo a de sentir. Encarar o Amor desta forma revela a grandiosidade do teu carácter.
E falaste em convicções...Se duas pessoas têm as mesmas convicções, então é muito provável que o Amor flua energicamente entre elas...Sem prisões.
Agradeço a partilha!

Um grande Abraço

Lipinha disse...

Obrigada pela visita e pelo comentário... Não podias ter ajudado mais...
Bjos

Anónimo disse...

Andas apaixonado!
hummm
;)

African Queen disse...

Agora fui eu que fiquei sem saber o que dizer ;). Está tudo dito, meu caro e muito bem dito :).
Um beijinho

Anónimo disse...

Tens um dom incrivel nas palavras!
;) fico feliz por sentir que ainda existem pessoas capazes de Amar

Anónimo disse...

"Mas é preciso sentir, não pode ser raciocinado ou aprendido."

E porque é que as pessoas continuam a tentar definir o que deve ser apenas sentido? Os melhores sentimentos não conseguem ser definidos por ninguém!

Gi disse...

O amor é para sempre, HT!
E eu tenho a sorte de o disfrutar há 25 anos!

Lunática disse...

"Apercebe-se também que a capacidade de Amar é inesgotável e ilimitada e que Amar é deixar livre. E ele próprio se descarrega, se desobriga também. A dor está no egoísmo, a raiva está no medo, a mágoa está no orgulho." (É mesmo isto!!)

Eu sei bem o que é essa sensação de libertação interior! Passei por isso e ando assim, "inebriada pelo doce aroma da liberdade e contagiada pela vitória" sobre mim mesma. Ando seduzida pela vida e a saborear momentos.

Não o podia ter posto de melhor forma. Revi-me completamente.

Anónimo disse...

"Amar não é possuir, é querer bem" Ou como diria a Florbela Espanca: "he hum não querer mais que bem querer"...
PS: E quem não tem cicatrizes???

ruth ministro disse...

Mas que agradável surpresa este teu blog... Belíssima escrita, de grande inteligência e sensibilidade.

Gostei verdadeiramente. Parabéns.

Beijos

Anyone disse...

Li o que escreveste... Li os comentários que fizeram...Percebi que todos no focamos naquilo por que todos já passámos: o viver um amor, perdê-lo, ter as feridas e vê-las sarar. Não poderia concordar mais contigo, na renovação daquilo que somos e na liberdade que se sente quando voltamos a ser inteiros.

Que o amor nunca deixe de ser eterno! ;)

Anónimo disse...

Somos hoje a soma de tudo aquilo que já vivemos. Mas atenção: "o todo é maior que a soma das partes"! ;)

Gostei muito. Abraço!

HMF

Hélder disse...

sofia,

Tudo o que conseguimos são aproximações ao incompreensível, porque a Razão não entra aqui.

Hélder disse...

m.,

Expert no amor?! Tenho a certeza que não, aliás, o que pouco que penso saber está explanado no meu blog... Mas, se confrontado com o Amor novamente, terei bem presente o que aqui está escrito, porque me ficou gravado na alma!

Essa frase demonstra que sabes bem qual a grande força do Amor: transformar tudo!

Beijo!

Hélder disse...

daniela,

Mas... não nos conseguimos impedir! ;)

Hélder disse...

yensung,

Captaste o essencial, aquilo que eu queria transmitir.

Sim, que vontade de Amar outra vez!

Beijinho!

... disse...

Excelente texto!...

Hélder disse...

tita,

Obrigado! :)

Hélder disse...

Ana,

Isso são outros 500, mas Amar não implica ser Amado!

Hélder disse...

marta,

Não é uma questão de achar, mas sim de sentir! Mas eu nunca excluo a autoilusão!

Hélder disse...

play girl,

Não é o Amor que é doloroso, mas sim o nosso ego que se magoa. Mas eu percebi-te! ;)

Hélder disse...

daniela,

"Dá-lhe forte"... uma expressão com tantos significados diferentes! ;)
Não lances boatos infundados! :)

Hélder disse...

hyoma,

Acho que o poder do Amor é permitir exactamente encarar as coisas assim, se o deixarmos prevalecer sobre o resto.

Obrigado, um abraço.

Hélder disse...

maeve,

Não sou eu que ando com músicas estranhas na cabeça! :P

E não, não ando apaixonado.

Hélder disse...

african queen,

Obrigado! Um beijinho.

Hélder disse...

Arte de Amar,

Não partilho dessa opinião, mas obrigado!

Sem essa capacidade, qual a piada?

Hélder disse...

blackstar,

Não interessam tanto as palavras no seu sentido descritivo, mas sim a conotação e a carga emocional que transportem. Como sociedade verbalizada, o nosso sistema nervoso sente-se compelido a verbalizar tudo.

Mas nunca me julguei capaz de descrever aquilo que muitos falharam, apenas tentar uma aproximação a um dos aspectos do amor!

Beijinhos!

Hélder disse...

gione,

Ainda bem que concordas, mas escusavas de fazer inveja a tanta gente!! :P

Obrigado pela visita, sê bem vinda!

Hélder disse...

erika,

Melhor elogio à escrita do que "revi-me completamente", não poderia haver. Obrigado!

Já tinha dado para perceber que tínhamos posições próximas neste assunto!

Hélder disse...

black cat,

Acho que há muitos que não têm cicatrizes, porque o medo nunca os deixou arriscar nada de si...

Hélder disse...

nuvem,

Sê bem vinda ao meu canto!

Fico contente que tenhas gostado.

Beijinhos!

Hélder disse...

anyone,

Se não for, então não será Amor! O que não quer dizer que seja mau!

Hélder disse...

HMF,

Já que fizeste a ressalva, abstenho-me de criticar! ;)

Beijinhos!

Anónimo disse...

Querido cromo, eu não critico o facto de o teres feito, aliás, o meu comentário não foi uma crítica! Foi uma pergunta e simultaneamente uma ideia! Não me parece que o facto de sermos animais capazes de verbalizar emoções possa servir de justificação, no entanto, é obvio que é o que nos impele a fazê-lo porque se não falássemos, não o fariamos! Quantas vezes eu já ouvi pessoas a tentar descrever o que sentiam no momento, estragando-o... Há alturas em que considero que apenas deveriamos sentir e nada mais!

Agora vou embora e não volto a dizer mais nada, para que o sr não diga que eu sou teimosa e que tenho a mania de ter a última palavra!

V. disse...

Conseguir ver a cicatriz em vez de sentir a âncora pode demorar eternidades. Muitas vzes acaba até por ser opeso da ancora que carregamo a deixar a cicatriaz. Nãodeixa de ser uma pescadinha de rabona boca e serem certos aspectos indissociáveis.

Muitas vezes pensamos amar e no fundo estamos é obcecados. O amor não é um grilho. Quando me diziam que eu era muito nova para casar,tentava explicar que tinha enocntrado alguém com quem me sentia mais livre se estivesse com ela do que só. Creio que ao sentir isto que disse a primeira vez percebi que devia amar, só podia. Não doía, não tinha medos... sentia-me sim mais livre.

Olha,HT, eu podia ficar aqui a falar contigo sobre isto eternidades!

Agora vou só acrescentar uma coisa que não tem nada a haver: eu e ela somos a mesma. Iguais e diferentes.

Beijinhos!

Marisa disse...

Gostei muito :) o amor é entrega sem dúvida alguma. E como disseste, não pode ser sentido como um peso porque ao amarmos alguém sentimos precisamente o contrário: leves :) eu sinto.

Hélder disse...

blackstar,

Mas isso é outra coisa! Deste a impressão de ser contra a tentativa de verbalizar sentimentos, e aí discordo.
Outra coisa são os momentos propriamente ditos, e aí há que saboreá-los! (embora tenham de existir sinais claros, a comunicação tem de se manter, mas a outro nível)

Além disso, és teimosa, do contra e gostas de ter a última palavra!! :P

Beijos!

Fernando disse...

com os desejos de um feliz natal, deixo-te "venho repassar a
CAMPANHA!!!"

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já ganhaste a tua, agora vou
ver se ganho a Minha Também. Passa para os teus AMIGOS,
e ganha mais Estrelinhas também.

Rosa disse...

Muito bonito :)

Hélder disse...

Mim, (Esta vai custar a habituar)


Eu não disse que devias comentar sempre? Disseste tudo! O amor não tem nada a ver com grilhos porque se prende com o contrário, com deixar livre.

Fizeste uma bonita descrição...

Beijinhos!

PS - Se dizes que são a mesma, deixo de fazer beicinho, mas tinha ficado preocupado!

Hélder disse...

marisa,

Os problemas começam quando o amor não é correspondido, ou qualquer outra coisa que ameace o nosso ego... aí se vê a força do amor que sentimos!

Ainda bem que estamos na mesma onda. :)

Beijinhos.

Hélder disse...

hyoma,

Obrigado. Eu deixarei a minha mensagem de natal mais tarde!

Abraço.

Hélder disse...

Rosa,

Não resisto a perguntar: o blog, o texto, ou eu? Ou era algum dos comentários? :D

Obrigado! ;)

Beijinhos.

V. disse...

Ht, trata-me por Thunderlady na mesma... :)

Beijo

Hélder disse...

Lady MIM,

Queres privar-me dos trocadilhos?! :P

Beijo

Anónimo disse...

Colibri,
descobri este canto através da Gione que, há 25 anos, desfruta de um belo e terno amor.
Gostei das leituras e, efectivamente, o amor é complexo, profundo como o mar, apaixonante e magnífico como o azul do céu. Do nosso céu, tão invejado em outras partes do mundo. Gosto de perceber que um homem também é capaz de ser transparente como a água e trasformar em palavras os seus sentimentos, ignorando as convenções e as ideias de amor romântico que normalmente são deixadas para as mulheres.
O amor não é perfeito nem adianta tentarmos que o seja. Deixa-nos profundas cicatrizes, marcas que nem sempre o tempo apaga, mas que, com paciência, sabemos guardar o registo, aprendê-las de cor e usá-las para, novamente, amar incondicionalmente. Sem amarras, sem possessão e com muitas concessões, que é disso que o amor é feito.
Admitir que se está pronto para amar é um passo importante. Não sei se estou. Sei que estou apaixonada pela ideia de estar apaixonada por alguém, como disse um dia Nicholas Cage, a propósito do filme Leaving Las Vegas. E afinal, se o cinema imita a realidade, não teremos todos já passado por isto?
“I just met a wonderful new man! He’s fictional, but you can’t have everything…” Purple Rose of Cairo, Woody Allen

V. disse...

HT, Lady MIM é genial!!!!!!!!!!!!


:D

Anónimo disse...

Cheguei aqui por acaso e ainda bem que o canto do Colibri aqui me trouxe. Li os quatro cantos deste Tratado sobre o amor e concordo que AMAR é para sempre, enquanto que o AMOR tem os seus momentos.
O amor é entrega, mas o grande problema é quando essa entrega é cega ou unilateral...aí é o princípio do fim de uma relação.
...e afinal as cicatrizes fazem parte do nosso crescimento enquanto PESSOAS.
Vou continuar a descobrir outros "cantos" por aqui
Carla

Ana disse...

Mais uma vez fico sem palavras,a tua escrita é deliciosa, as palavras alojam-se-me na alma e forram as paredes do coração...Parabéns e beijinhos

Hélder disse...

Netfm,

Muito obrigado pela visita e por um dos comentários mais completos que eu já vi por aqui (e que abarcou até outros posts!).

Por tudo o que escreveste, acho que não se pode estar mais pronta para amar. Como tentei explicar nestes textos, creio que o Amor é verdadeiramente incondicional, mas que é simultâneo com outros sentimentos nossos, que nos fazem agir de outras maneiras. E tu mostraste perceber isso muito bem.

A expressão de Leaving Las Vegas é deliciosa, compreendo-a muito bem. E demonstra também que estás de facto tão preparada quanto se pode estar [seja lá o que for estar preparado para amar ;) ]. Pode é ter um perigo... se criamos expectativas, corremos o risco de nos desiludirmos. A realidade será sempre melhor e pior que os nossos sonhos, dependendo da atitude que adoptarmos!
O que, curiosamente, também se encontra encerrado na tua citação de "Purple Rose of Cairo"! Como disse, um comentário muito completo.

Sê bem vinda a este canto!

Beijinhos.

Hélder disse...

Lady MIM,

Eu é que sou genial!! :P

Hélder disse...

ana,

Sem palavras fiquei para agradecer... Obrigado!

Beijinhos!

Silvia Madureira disse...

Que dizer?........................................
Excelente e com um vocabulário elaborado e frases muito bem elaboradas..................................
.............................................
Mas...dá a sensação que para se ser feliz primeiro temos que sofrer............................................................................................................................
Dá a sensação que eu só poderei Amar em toda a plenitude quando tiver sofrido n desilusões amorosas..............................................................................................
Será que é mesmo assim?......................................................................
Será que se eu for um bom observador e aprender com os erros dos outros não conseguirei viver uma relação em pleno sem antes ter levado a cruz ao calvário?...........................................................
Afinal...dizes que o Amor não é sofrimento.....mas neste texto o Amor descrito é bem triste.............................................................................será que tenho que ser ferida e sentir o cheiro do sangue no meu corpo para ser feliz no Amor?..................................................................................
Será que não poderei viver em plenitude o Amor sem ter uma cicatriz?
Pensa nisto e estou sempre aqui...

Qualquer resposta envia email.

P.S. eu não tenho feridas, nem cicatrizes...tenho a pele limpa e saudável e espero que ninguém me magoe porque eu não quero feridas e penso ser feliz sem marcas...aliás apenas desejo marcas de Amar mais do que aquilo que posso ...e nunca me arrepender.

S. disse...

olá! Já percebi, pela ausência de novos posts, que andas ocupado. Mas era para avisar que o último capítulo da novela já saiu... quando tiveres um tempinho e se te apetecer, já sabes onde é a minha casa.

Hélder disse...

Carla,

Bem vinda!

Fico contente que o acaso te tenha trazido aqui. Espero que gostes!

Tratado sobre o Amor?! Longe disso, apenas uma opinião sobre uma das suas vertentes. :)

Beijinhos!

Hélder disse...

silvia madureira,

Não tinha como finalidade tirar a conclusão de que é necessário sofrer para amar. Aliás, o que tento transmitir é a ideia que o que nos faz sofrer não é o amor, mas sim outros sentimentos a ele associados. Se, de facto, o amor é entrega, então o que te pode magoar são os teus próprios sentimentos de posse, as desilusões só possíveis devido às tuas expectativas, a vulnerabilidade do ego, da pessoa em si, que o amor exige.

Aprender com os erros dos outros tem um problema... não é o mesmo que vivê-los! Costumo dizer que não aprendi nada de novo desde os meus 17 anos, cheguei às mesmas conclusões... mas aprendi um pouco do quão subtilmente a vida nos pode iludir e nos levar para onde nunca quisemos ir. Por outro lado, porque também nas coisas boas a vida sabe ser subtil e camuflá-las, podemos correr o risco de não viver! E parece-me que, o medo de ter marcas impede a verdadeira entrega. Seguranças? Certezas? Não há...

Quanto a ter de sofrer para ser feliz... o meu próximo post tentou abordar um pouco isso... e deixou-lhe um ponto de interrogação na fase crucial, abordando o tema apenas de um ponto de vista. A verdade é que não sei...

No que me diz respeito, as marcas que carrego tiveram a sua utilidade, todas elas me ensinaram algo.

Vamos ver se chegamos a conclusões sobre isso no próximo post, pode ser que alguém tenha um ponto de vista novo!

Ana disse...

Concordo ctgo. Não é o Amor que nos faz sofrer, mas os sentimentos vários, em turbilhão, que nos desperta, pois somos como somos e não podemos evitar sentir determinadas coisas perante determinadas frases, atitudes ou sei lá, que são diferentes de nós. Doi-nos qd não somos compreendidos por quem Amamos. Não porque amamos, acho.
Não acho nada que para se amar seja preciso sofrer, nem vi isso no(s) teu(s) lindissimo(s) texto(s). Acho que, por vezes, um grande Amor pode trazer uma grande dor. E tb acho que se pode Amar mais do que uma vez, sem no entando se deixar de Amar o Amor anterior.

àparte fica o gostar, o quecar, as não-relações, as amizades, as irmandades, o amor filial, paternal, maternal...o coração tem espaço para todo esse Amor. acho eu!

Hélder disse...

vanadis,

Não tenho palavras, ficou tudo dito! Concordo em absoluto.

Azul disse...

Amigo.

Ainda bem que este conto acaba com a libertação desse amor, que deixou de ser amor para ser fantasma.
Não há nada que o tempo não cure, e não precisamos, nem queremos, fantasmas a povoar as nossas vidas, fantasmas do passado que não nos deixam seguir em frente, que não nos deixam ver para lá do nada e do tudo que temos á nossa frente.
é bom sentirmos a sensação de libertação do nosso próprio eu, depois de termos estado tão loucamente obcecados por algo que...apenas nos deixou uma cicatriz, embora profunda, no peito e um sabor amargo, de derrota ou perda, na boca.