terça-feira, 6 de novembro de 2007

Um momento forte

“É muito fácil estar contigo”, disseste com carinho, “demasiado fácil. Ninguém pode ser assim para sempre.” Olhei-te, inquirindo sem falar, receoso das tuas próximas palavras. “Metes medo, porque tentas ser o impossível. Metes muito medo, porque o tentas genuinamente.” Mudaste de posição e encaraste-me de frente. “Tu próprio te condenas, porque as pessoas sabem instintivamente que não é possível ser sempre assim. Mas tu tentas sempre ser perfeito, criar momentos perfeitos… e tornas isso tão irresistível! Ninguém quer ser desiludido. E sabem que ninguém é sempre aquilo que tu és por vezes. Por isso fogem antes que as desiludas, antes que precises delas. És a vítima perfeita para o egoísmo, porque dás sem exigências, apenas por dar.”
“Ninguém dá valor àquilo que consegue de graça?”, perguntei com um sorriso falso.
“Também. Acima de tudo, ninguém te vai dar o que tu dás. Não há pessoas como tu. É muito difícil encontrares o que procuras. Porque eu não faria por ti o que tu fizeste por mim.” Puxaste-me os olhos para os teus. “Esse é outro problema teu. Fazes-me sentir mal por saber que eu não faria o mesmo, fico a sentir-me inferior. Ninguém quer ser lembrado daquilo que não consegue ser.”

Com o teu dedo na minha ferida, desviei os olhos para o mar e tentei em vão conter os pensamentos. Fixei-me no reflexo da lua no oceano, mas senti-me afogar num mar de tristeza, num vazio escuro, como se estivesse debaixo das ondas que contemplava… Mais uma voz que me diz que o caminho que percorro será sempre muito solitário. Sou reenviado a lugares tenebrosos, as dúvidas voltam, a tristeza instala-se de novo.

“Será assim tão mau querermos ser melhores?!”, murmurei, quase para mim mesmo.
“Não, mas lembra-nos que não somos perfeitos, que não somos quem queremos ser, que nos desiludimos a nós próprios. É como a morte, eu sei que é assim, mas não penso nisso. Aqui é o mesmo. Eu sei que não sou perfeita, mas tento não pensar nisso. E depois olho para ti, a queres ser melhor, a admitires as tuas falhas, a aprender com elas… dá-me raiva. E dá-me vontade de te abanar e perguntar o que sabes que eu não sei, porque tens de ser assim.” Suspiraste. “És 8 e és 80. As mulheres gostam de extremos, mas apenas um de cada vez.”

Ficámos em silêncio alguns minutos (anos?). Despedimo-nos ali, tentei dar-te um abraço dos meus, deste-me tu a mim. Assumiste o papel de mulher mais velha pela primeira vez, e disseste: “Pensa no que te disse, não quero que sofras… e tu assim vais sofrer!”
“Não te preocupes comigo, põe-te bem.”
“É disso que eu estou a falar, eu vou estar bem. Levo os momentos que tirei de ti, em troca de nada… Promete que pensas no que te disse!”
"Tenho pena de não te voltar a ver, são raras as pessoas que me deixam a pensar."

Não era preciso prometer, ainda não pensei em mais nada...

44 comentários:

Azul disse...

jJ vi que vou ter muito que ler.

é o que dá estar " fora" uns dias.

Logo á noitinha, com mais um bocadinho de tempo, vou voltar!

Silvia Madureira disse...

Tenho que voltar...hoje já não vai dar...mas não continue sem eu voltar...ainda volto esta semana..prometo que irei ler o resto.

Fiquei curiosa de saber a continuidade.

beijo

Hélder disse...

Azul,

Este sábado ajustamos contas!! Por falar nisso, vê se postas pormenores, ou alguém que faça, ou que mande por mail.

Beijinhos.

Hélder disse...

silvia madureira,

Os amigos despediram-se, a continuidade agora é na minha cabeça, fazer sentido com o que me foi dito.

Beijinho.

Anónimo disse...

Ninguém é perfeito.
Ninguém pode procurar sê-lo incessantemente, a não ser que consiga viver em constante desilusão... porque mais tarde ou mais cedo se apercebe que continua à procura, incessantemente, sem lá chegar...
Não considero a perfeição atingível porque a diversidade é demasiada, é impossível agradar em todos os momentos a toda a gente, e o que é a perfeição senão a ideia que temos da perfeição?
Assim como não acredito que alguém dê COMPLETAMENTE desprovido de egoísmo: há sempre um móbil! Há sempre algo que nos apraz em dar - nada me deixa mais feliz do que ver alguém feliz com algo que eu disse ou fiz, mas não posso dizer que foi uma acto gratuito, porque por maior que seja o "lag" entre o que estou a dar e o que estou a receber, não consigo deixar de ser feliz com a felicidade dos outros e, portanto, de estar a receber, ainda que esta oferenda do outro seja involuntária. Não peço nada em troca, a não ser que o outro seja feliz... but then again, isso só por si já é pedir algo em troca...
Portanto, a questão é: conseguirias dar se soubesses que a tua oferenda não é minimamente prazerosa para o destinatário? Continuarias a dar sabendo que ele/ela não o quer? Ou pior: continuavas a dar se a reacção à tua oferenda fosse de repúdio? Sim, porque todos têm direito à sua opinião....

Azul disse...

ok, vou associar-te ao messenger, can I?

bJUFA

Hélder disse...

Azul,

estás à vontade.

Hélder disse...

anónimo,

Não falo em atingir a perfeição, falo em seguir um caminho de evolução. Tentar ser melhor, mesmo sabendo que nunca vamos ser perfeitos. A questão por trás disto é a atitude com que encaramos as coisas. Seguir o nosso próprio caminho, aquele que determinamos para nós próprios, sabendo que nos vamos desviar muitas vezes, mas que aquele é o caminho que queremos seguir. Tentar seguir o caminho que nos deixa perfeitos aos nossos próprios olhos... e saber à partida que não se vai conseguir, que se vai falhar. Não conheço maior desafio do que encararmos os nossos defeitos, constatar que não somos como gostaríamos. Mas também não conheço maior vitória do que a vitória na derrota.

Também não sou da opinião que se dá apenas por dar. Há anos que penso que, mesmo a caridade, nasce da escolha entre gastar dinheiro ou sentirmo-nos bem. Como escrevi no texto "reciprocidades", muitas vezes o fiz na esperança que o fizessem a mim, dei na esperança de receber. Nesse sentido, não, não continuo a dar se vejo que o que tenho para oferecer não tem valor... nem faz sentido fazê-lo!

Mas a questão aqui é dar sem exigências aos outros, não as minhas expectativas. E o facto de tomarem por garantido isso, porque não se sentem pressionados a dar contrapartidas. E o facto de fugirem quando chega a vez deles de darem. Foi nisso que fiquei, e continuo a pensar...

Beijo/Abraço

Silvia Madureira disse...

Cá estou eu!
Tive que ler este texto com extrema atenção: li duas vezes.

O que te posso dizer é que está bem escrito...como sempre.

Também posso dizer que os teus textos fazem pensar...não são mais do mesmo...por isso venho aqui.

Agora...relativamente ao assunto descrito o que tenho a dizer é o seguinte:

Quando as pessoas são raras há uma tendência para nos sentirmos inferiores e não nos querermos aproximar com medo de ferir os sentimentos dessa pessoa.

Sinto um pouco na pele mas não vou explicar em que sentido. Podemos dizer que poderia ser a personagem principal da história...a que ficou a pensar.

Várias vezes denoto um certo receio na aproximação de alguém...sinto que sou diferente...não exteriormente mas interiormente. Sinto que tenho um mundo muito meu que não vou explicar como é. Considero que sou mesmo única no verdadeiro sentido da palavra...ora sendo isso bom ou mau...tem as suas consequências.

Mas...por muito único que se seja, para o bem ou para o mal, haverá alguém que irá compreender a nossa unicidade e saber lidar com ela. Mais...até poderá gostar de descobrir o jardim secreto que existe dentro de nós. Aliás existem muitas pessoas únicas, diferentes e é isso que torna as pessoas preciosas.

A moça em questão não soube lidar com a unicidade do rapaz...mas haverá quem saiba lidar.

Esta é a minha opinião.

Um abraço...virtual mas próximo do real e uma boa semana para ti.

S. disse...

Ena! Muito bom... gostei muito!
Não me vou alongar mais no comentário, porque quero ler mais...

Anónimo disse...

bem, colei a ler!
agarra-nos duma maneira curiosa!
beijoca!

Anónimo disse...

claro que vou ao jantar.

Eu não sou gaija para dar banhadas!

Bjufas

Marta disse...

Miguito, na minha humilde opinião, que vale o que vale, aquilo que tu tens que ponderar é até que ponto o que dás faz pores os outros em primeiro lugar!
Dar, sem querer nada em troca, é das coisas mais bonitas do ser humano e eu acredito que tudo aquilo que damos recebemos a dobrar, mas é preciso nunca por os outros à nossa frente! Primeiro que todos estás tu, está a tua alma e é preciso nunca esquecer que primeiro tens que alimenta-la a ela!
Talvez o facto dos outros continuarem a não te dar seja um sinal para te obrigar a olhar para dentro de ti e perceber se andarás a dar às pessoas certas! E talvez essas pessoas deixem de fugir quando é a vez delas de darem, no dia em que tu deixares de lhes dar como dado adquirido!
Lembra-te de uma coisa: elas só mudam se tu mudares!

beijo imenso

African Queen disse...

Bolas! vinha toda lançada para botar discurso e a Marta adiantou-se e disse quase tudo o que eu queria dizer :). Olha, primeiro gostei muito do texto e depois além do que já foi dito queria só acrescentar que ser diferente é bom! Passei a vida a ouvir que por ser diferente assustava as pessoas e as maiores burrices da minha vida aconteceram quando eu me esforcei por ser mais uma ovelha do rebanho e menos fiel a mim própria... tudo o resto vem por acréscimo se aprenderes a gostar de ti. E só mais uma coisinha... fiquei com a sensação (não leves a mal :)) que pensas demais. Tornar a vida leve também depende de nós :)
Abraço

Anónimo disse...

Esta situação é muito familiar para mim tão familiar que até parece que ouço as palavras outra vez, quase as mesmas e tudo.

Tens um espaço "forte".

Um abraço

Hélder disse...

Silvia Madureira,

Acho que todas as pessoas são raras, porque são todas únicas. Mas ainda me custa aceitar que, quando se fale das nossas falhas, as pessoas fujam a 7 pés, porque não querem encarar as suas. O orgulho ainda é muito importante para muita gente, não perder a face. Como se fosse insuportável encarar-nos a nós próprios.

E, infelizmente, eu acabo por fazer isso a muita gente, obrigo-os a encarar-se a si próprios. É difícil, é desconfortável, é chato, quase ninguém gosta disso.

Eu gosto é das raríssimas pessoas que me fizeram isso a mim...

Quanto ao que tu escreveste, minha menina, isso dava um belo post!

Obrigado pelo abraço, um grande abraço para ti.

Hélder disse...

Sofia,

Obrigado, lê à vontade.

Hélder disse...

Catworld,

Isso é curiosidade. ou cusquice!! ;)

Beijinhos.

Hélder disse...

Martinha,

A tua opinião é sempre bem vinda a este espaço.

Já cheguei a essa conclusão, mas parece que tenho de melhorar a prática. A teoria é essa, de facto.

Conselhos para a prática, alguém tem?

Beijinhos.

Hélder disse...

african queen,

Não és a primeira pessoa a dizer-me isso, o que deve querer dizer que é verdade. Por outro lado, o blog começou de uma necessidade de me reposicionar, de repensar. Depois, tornou-se algo que me dá prazer, um espaço onde paro para pensar. Daí ser tão "intenso". Mais uma coisa do 8 ou 80, ou não faço, ou faço demais.
Geralmente, e isto talvez seja uma limitação minha, ou penso, ou faço, portanto tento pensar tudo direitinho e depois é só seguir em frente!

... não, não me tenho saído muito bem com esta postura!

Hélder disse...

anónimo,

Embora as palavras possam ser semelhantes, a situação pode não ser. É muito fácil lermos aquilo que queremos.

Mas, já agora, chegaste a conclusões? É que interessa-me! ;)

Abraço.

S disse...

Realmente é uma pena não voltares a ver essa pessoa que te tocou ai tão dentro.
Também procuro o mesmo - ter consciência dos meus próprios defeitos - mas nunca me tinha apercebido de que isso poderia ser a busca da perfeição.
uhmmm... puseste-me a pensar: será que quero ser Perfeita?!?!

Silvia Madureira disse...

Eu vou deixar aqui uma frase célebre, bastante desconhecida e que não é muito usada mas que não pude deixar de a colocar depois de ler tudo:

"Sê tu próprio".

Se gostas de determinadas coisas não te inibas só porque a, b ou c não gostam. Tu serás belo precisamente por seres como és aos olhos de quem amas.

Detectar...esta é a pessoa certa a quem me posso dar e que me vai amar...esses detectores ainda não existem amigo...como eu gostava.

Mas...nunca te arrependas de ser quem és, de ter dado muito de ti e a outra não ter apreciado...NUNCA. Um dia alguém irá valorizar tanto isso que nem imaginas!

Não te mudes para agradar a b porque depois podes não agradar a c...continua com os teus ideais...não penses em mudar.

Agora...em jeito de síntese vou deixar uma daquelas frases, nada conhecidas, que raramente se utilizam:

"Há sempre um testo para uma panela amigo...acredita!" Muuuuito e muuuuito e depois vais ver que quando menos esperares...alguém te oferece uma flor (é impulse).

Nesta última parte brinquei...apeteceu eu não sou constante.

beijocas

Anónimo disse...

Gosto muito do que escreves. Pareces realmente falar com a alma... Beijinhos!

Anónimo disse...

HT, já sabes o que penso... Antes dar sem receber que viver com medo de dar... Porque aí não vais ter nenhuma das duas.

Também penso demasiado, mas também sou impulsiva... Sou gaja, não é suposto perceber-se!

Mas, curiosamente, embora fales do muito que pensas, aqui está retratado um momento em que sentiste e foste atrás desse sentimento!

Acho que não há receitas... E talvez seja isso que dê sabor à vida!

Bjnhs

Hélder disse...

Sylvia,

Como disse, gosto de pessoas que me conseguem pôr a pensar. E, infelizmente, são muito poucas.
Muito provavelmente porque não me predispunha a isso...

Não acho que busques a perfeição, tal como eu não o faço. Mas, mesmo sabendo que nunca vais atingir a perfeição, tentas melhorar-te. Outros preferem conformar-se e não pensar nisso. É mais fácil, mais confortável, não dá trabalho nem preocupações.

Sou completamente a favor de se aproveitar a vida, de se fazer asneiras, de se viver e gozar. Mas não quero palas nos olhos.

Shadows in Love disse...

Será que devemos sempre tentar ser perfeitos?Não me parece, ninguém é perfeito... nem O Supremo o é,.. todos temos defeitos, e assim é que somos verdadeiros, pois tentarmos ser perfeitos para gostarem de nós acaba por mostrar alguém que não somos nós... por isso eu sou como sou com defeitos... mas sou eu verdadeira... bjs

Hélder disse...

Silvia Madureira,

Não vou deixar de ser quem sou, por ninguém. Essa foi uma das conclusões a que já cheguei com base em experiência, depois de ter feito o contrário muito tempo.

Já nem sequer tento mudar as pessoas e obrigá-las a questionar-se, exactamente por respeitar a individualidade de cada um. Ainda ontem me disseram que estava mais cauteloso nesse aspecto, já reservava a minha opinião até ser, de forma muito clara, solicitada.

O grande problema parece ser que, e já senti isto muitas vezes na vida, as pessoas irritam-se quando me vêem numa atitude diferente. Não a ser melhor, porque não sou, mas a tentar ser.

Acho que já percebi. Mesmo não sendo a intenção, sugere às pessoas que eu acho que deveriam fazer o mesmo. Como se fosse uma crítica. Não é, mas transparece isso mesmo.

E, até agora, quando menos esperava, alguém me deu com uma pá na cabeça! Será que foi impulse também?!

Beijos.

Hélder disse...

melissa.yedda,

Tudo o que escrevo sai de uma mistura de alma, coração e cérebro. Como diz o intróito, são pequenos voos. Mas são meus, sai de cá de dentro, são autênticos. Mesmo quando incoerentes.

Beijinhos.

Hélder disse...

Alfacinha,

O momento foi apenas isso. Um bonito momento, único e irrepetível. Belo porque foi espontâneo, sincero e empático.

As palavras finais, em jeito de crítica e conselho é que me atordoaram. É que não me conhecia assim tão bem... pelo contrário! E fiquei a pensar se, sem querer, eu não causava algum mau-estar com aquelas minhas características.

Bjnhs

Hélder disse...

sahdows in love,

A diferença é subtil, daí a confusão. Eu não quero ser perfeito. Eu não busco a perfeição. Muito menos o faria (já o fiz) por outros.

Mas busco o auto-aperfeiçoamento, a melhoria pessoal, como meio de estar e viver a vida e como forma de satisfação pessoal. É apenas a minha maneira de estar... e, consequentemente, faz parte de quem eu sou. :)

bjs

Ana disse...

Adorei...é caso para dizer que estás com o TAO Lol...

Hélder disse...

Ana,

Ainda bem que gostaste.
Perdoa a ignorância, mas o que é o TAO?

Beijinhos.

Ana disse...

O TAO, muito resumidamente, é a filosofia de vida dos chineses, é o caminho certo, aquele que todo o ser humano tem de procurar,para que,aprendendo com os seus erros possa evoluir...

Anónimo disse...

Caríssimo!

Se há coisa certa nesta vida, para além da morte, é que não podemos agradar a todos!

E, mais que isso, obviamente desagradamos a muita gente... Não podemos "agradar" a todos durante o tempo todo! (belo trocadilho, hem?!)

So what?!... :)

O que importa é vivermos bem connosco próprios!

Será que não te conhecias?! Ou não te querias "reconhecer"?! ;)

Anónimo disse...

Caro HTSousa este é um dos "locais" onde faço questão de passar sempre que consigo dedicar algum tempo a ler "coisas boas". Abraços destes despovoados cérebros que são os Diarreias Mentais

Cati disse...

"És a vítima perfeita para o egoísmo, porque dás sem exigências, apenas por dar." - Mas que grande frase...


Este texto está mesmo muito bom.
Parabéns!
Um grande beijinho e bom S. Martinho!

Hélder disse...

Ana,

Fui completamente despistado por teres escrito tudo em maiúsculas - pensei que eram as inicias de alguma coisa - do estilo LOL!

Não sei se estou, mas sinto que sigo o meu caminho. Falta ver se de facto aprendo com os erros ou os volto a cometer! :D

Beijinhos.

Hélder disse...

alfacinha,

Que não me conhecia, que me tinha perdido de mim próprio algures no caminho, está mais que visto.

Daí me ir reencontrando cada vez mais. ;)

Hélder disse...

Diarreias Mentais,

E o vosso é um local onde eu faço questão de passar todos os dias, porque mais difícil do que escrever, é escrever com humor.

Obrigado pela visita, abraços e beijinhos.

Hélder disse...

cati,

Obrigado pela visita. Sim, essa frase também me marcou bastante!

Beijinhos e bom S. Martinho!

Eme disse...

Faz parte da natureza humana permanecer em eterna insatisfação ou com a sensação que nunca nada lhe chega. Deparando-se na frente com o ser mais perfeito que existe (inexistente, claro!), continuaria sempre a procurar algo que lhe desse razão para reclamar. Daí que nunca ninguém consiga alcançar a 100% aquela sensação de encontrar no outro a plenitude que tanto precisa para se sentir completo. Basta não aceitar algo, por mais que o outro faça para lhe ser tudo.

*

Hélder disse...

m.,

Queremos todos sempre mais... e vamos querer sempre. Estamos em permanente desassossego. Por isso é que, para mim, o mais importante é como fazemos a nossa viagem e onde chegamos. Ou seja, ter um "desassossego sossegado", com que nos identifiquemos, por muita instabilidade que traga.

Já dizia o escritor, "não há sossego deste lado da sepultura."

Gostei muito do comentário.

Beijinhos.

Pseudónima disse...

Capta, rapta e refugia a atenção de qualquer um que saiba o que é sentir. Escrita muitíssimo boa, ganhaste mais uma leitora =)(obrigada pelos comentários no meu cantinho...)

Beijinhos e behave*****